A noite caía calmamente.
Sem a pretensão que a caracteriza nos dias de Inverno, mas com a suavidade do final do Verão.
Mesmo assim a humidade era sentida nos ombros de quem aguardava o inicio da peça.
O sítio escolhido era digno de um conto de fadas, com o seu castelo rebuscado e os seus bosques encantados.
As vozes começaram a surgir de sentidos diferentes, percorrendo-nos com a sabedoria do seu autor e os corpos esqueceram
o cansaço de um dia de semana e o frio que começava a sentir-se. Juntos seguimos numa viagem através dos séculos,
num diálogo existencialista, ainda hoje, pleno de sentido.
Um momento único partilhado apenas com aquele com quem escolhi partilhar a vida.
Para mim um reencontrar de todo o mundo vivido em palco, para ele uma iniciação ao levantar do pano.
. Mudança
. Tributo